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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Recife, a Veneza brasileira


Desde a compra do pacote, tentei separar a visita de Recife e a de Olinda, que estavam previstas juntas em um city-tour, pois queria muito aproveitar ao máximo a capital de Pernambuco e dedicar boa parte do tempo ao museu a céu aberto Instituto RicardoBrennand. Depois de muita luta para conseguir desfazer o overbooking de passeios, minha agente de viagens aumentou uma diária em meu pacote e fiquei em Recife dois dias: um pra praia e o museu e outro para Recife e Olinda. Porém, é muita coisa linda para se conhecer na cidade e, quando voltar ao estado para visitar Fernando de Noronha, passarei mais uns dias na capital pernambucana para curtir e apreciar ainda mais seus atrativos.

 
 
 
 
Como não poderia faltar, fizemos o passeio de Catamarã pelo rio Capibaribe. A paisagem mostra a influência do domínio português e holandês no século XVII, principal-mente, na arquitetura.

 

 

Conhece-mos, panoramica-mente, a bacia do Pina, largo da Muralha do Porto, Foz do rio Capibaribe, Bacia Portuária, o parque das Esculturas de Brennand e paramos na praça do Marco Zero.
  
 
 
 
 
Atravessamos na embarcação para chegarmos até o Marco Zero. Dali, tem-se uma vista dos principais pontos turísticos da cidade.
 
  
Pudemos também brincar de tirar fotos com o nome da cidade em escultura de concreto. Algumas pessoas ficam emprestando as sombrinhas de frevo para você tirar fotos e não são insistentes apenas perguntam no final se você quer comprar para levar de lembrança mas sem pressão. Eu mesma não comprei.


Vimos o último prédio construído sob influência da Holanda e com recursos financeiros do governo holandês.









Perto de lá, uma escultura a Antônio Maria, compositor que escreveu o primeiro frevo no estado.

Recife Antigo – O centro histórico (Recife Antigo) é lindo. E logo partimos a pé pela rua do Bom Jesus (antiga rua dos Judeus), onde estão localizadas a Sinagoga Kahal Zur Israel, que representa os judeus perseguidos pela inquisição e marca a reconquista da cidade pelos portugueses.
Muitos prédios estavam fechados, mas só a arquitetura chamam a atenção como o Paço do Frevo.



Passamos pela praça Arsenal.
 
Na Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda, registramos fotos com eles já que não seria possível vê-los desfilando nas ruas nem mesmo em Olinda.


Os Bonecos Gigantes surgiram da curiosidade de um jovem que escutava as histórias de um padre belga sobre os bonecos nas festas religiosas da Europa. Aliás, é neste continente que eles surgem, na Idade Média. O primeiro boneco foi às ruas durante o carnaval de 1919, na cidade de Belém do São Francisco, com o personagem Zé Pereira, confeccionado em corpo de madeira e cabeça em papel machê. Somente dez anos depois resolveram criar sua companheira, a boneca Vitalina. Nas ladeiras de Olinda, os bonecos só começaram a desfilar em 1932, com o boneco Homem da Meia Noite. Cinco anos depois, surge a a Mulher do Meio Dia. Em 1974 foi a vez do Menino da Tarde.

 
 
Em 2008, o empresário e produtor cultural Leandro Castro criou uma nova geração dos Bonecos Gigantes repre-sentando artistas como: Mauricio de Nassau, D. Pedro I, Lampião, Michael Jackson, Luiz Gonzaga, Ariano Suassuna, Dominguinhos, Chacrinha, Alceu Valença, Chico Science, Elba Ramalho, Pelé, Jô Soares, Neymar, Os Beatles, Rita Lee, Roberto Carlos, David Bowie, Elvis Presley, ente outros.
 
Alguns são muito parecidos com o homenageado, dando o título de museu de cera popular itinerante. A maior semelhança foi conseguida na mudança de materiais utilizados. Os moldes são em argila e depois aplica fibra de vidro. As mãos dos bonecos continuam sendo feitas em isopor para não machucar nenhum folião durante as apresentações. A altura média dos bonecos é de 3,90 m.



Na Embaixada de Pernambuco, tivemos nosso primeiro contato com a apresentação de frevo (dança é reconhecida pela Unesco como Patrimônio Imaterial Mundial). Além de Veneza, a cidade também é conhecida como a capital do frevo. Aqui está representada toda a cultura folclórica do estado. Tem até um zepelim, em alusão aos sobrevoos que ele fez no Recife.

Ainda pudemos ter uma vista panorâmica das três ilhas (Recife, Santo Antônio e Boa Vista), a ponte Maurício de Nassau, a praça da República (onde se encontram o Palácio do Governo, o Teatro de Santa Isabel e o Palácio da Justiça).

praça da República é um jardim público, o mais antigo da cidade, do século XVII, considerada a primeira área verde do local. Tem 23 mil metros quadrados. Ela fica no extremo norte da ilha de Santo Antônio, entre as margens do rio Capibaribe, e perto da Praça da Independência. 

O desenho paisagístico foi projetado pelo engenheiro Emile Beringer e foi reformada por Burle Marx, em 1937. Ele é da época da ocupação holandesa no estado. O seu primeiro nome foi Campo das Princesas, por ter recebido a visita de Dom Pedro II e das princesas, que brincavam na pracinha do Baobá.

Há uma fonte, a árvore Baobá - árvore africana de grande porte, com mais de 200 anos-, palmeiras imperiais e 15 estátuas de Deusas que representam os revolucionários de 1817 pela República: Ceres (deusa da fertilidade), Diana (deusa da caça), Flora (deusa das flores), Juno (rainha dos deuses e do Olimpo, protetora das mulheres e do casamento), Minerva (deusa das artes e ciências), Niobe, Vesta e Têmis (deusa da justiça). Na iluminação, os postes têm esculturas de ferro representando as três filhas de Vênus: Tália, a verdejante; Agláia, o esplendor; e Eufrosina, a alegria. Em volta dela, o conjunto arquitetônico é formado pelo Palácio Campo das Princesas, sede do governo estadual; o teatro de Santa Isabel, de 1850, com fachada rosa e projetado pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier; o Palácio da Justiça e o Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco.
 
Fomos ao Museu Estação Ferroviária e fotografamos a fachada, pois estava fechado.




Em frente ao museu, há uma escultura do pernambucano Gonzagão.
 
Já que toda cidade turística também vive de feiras e artesanatos, fomos a um dos lugares mais interessantes da cidade para compra de lembrancinhas. Fizemos um passeio excepcional à Casa da Cultura. Lembrei-me do São José Liberto, em Belém. Uma antiga casa de detenção transformada em centro de cultura regional, com lojas de artesanato e comidas típicas. O prédio é do século XIX, tombado pela Fundação Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, foi construído em formato de cruz e as quatro pontas representam os pontos cardeais.
As lojinhas, que vendem artesanato, xilogravuras e esculturas, funcionam onde eram as celas. Ao todo são 150 celas da antiga penitenciária do Recife. Dizem que Graciliano Ramos, Miguel Arraes e o assassino do advogado e político João Pessoa ficaram presos lá.
E, como no São José, há uma cela que foi preservada como era originalmente.

A Casa ainda abriga o Museu do Frevo e a Fundação de Desenvolvimento da Cultura Negra.
 
  
Vimos também o Centro de Artesanato de Pernambuco, mas ele estava fechado. É o antigo armazém 11. Tem galeria para exposições, auditório e loja de artesanatos e obras de arte. A variedade de materiais impressiona: renda, madeira, louça, cerâmica...


A praia principal de Recife é a de Boa Viagem, mas é ela que tem tubarões e tem que se banhar com muito cuidado em suas águas por conta do perigo, pois é a espécie mais perigosa que existe. Durante nossa estadia, conseguimos aproveitá-la bem. Depois terá post específico.
 
Bem perto da orla, há a igreja Nossa Senhora da Boa Viagem e a tradicional feirinha de Boa Viagem, que funciona todos os dias das 16 às 22 horas no entorno da igreja. Pudemos conferir essas preciosidades já que ficamos hospedados lá perto. Mais detalhes aqui. O comércio próximo tem de tudo: lojas, bares, restaurantes, sorveteria...
 
 

Localização: 
Recife fica na região nordeste do Brasil e é a capital de Pernambuco


Visitei e recomendo:
Passeio de Catamarã pelo rio Capibaribe
Marco Zero
Casa de Cultura
Bacia do Pina
Largo da Muralha do Porto
Foz do rio Capibaribe
Bacia Portuária
Parque das Esculturas de Brennand
Sinagoga Kahal Zur Israel
Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda
Três ilhas (Recife, Santo Antônio e Boa Vista)
Ponte Maurício de Nassau
Praça da República (onde se encontram o Palácio do Governo, o Teatro de Santa Isabel e o Palácio da Justiça)
Museu do Frevo
Fundação de Desenvolvimento da Cultura Negra
Praia, Igreja e Feirinha da Boa Viagem




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*Texto e fotos: Karina Motta