Em uma vila
colonial mineira, um pequeno distrito denominado Cocais, há um resgate da arte
pré-histórica, com registros de nossos ancestrais que datam de seis mil anos. É a nossa história viva inscrita nas rochas por meio de
desenhos: contagem dos dias, animais...
Emocionante! A arqueologia agradece. E
a natureza em volta? Você, querido leitor, não imagina a grandiosidade e beleza
que o espera! Esta é mais uma joia da Estrada Real.
Caminho que leva às rochas com inscrições rupestres |
No sítio arqueológico, há uma pedra em formato de rosto |
Sr. José Roberto nos mostrando onde nossos antepassados se escondiam da chuva, animais, frio... |
O nome da
localidade - Cocais – que é distrito de Barão de Cocais, deve-se à grande quantidade de coqueiros do
local.
Panorâmica da vila |
Completam o cenário, casas coloniais e as igrejas barrocas: Santana, do Bonfim e Matriz do Rosário. A primeira foi
construída em pedra e tem pinturas com motivos orientais, conhecidas por
chinesisses, além de imagens de santos talhados na madeira e a característica
mineira de ter o altar-mor folheado a ouro. Era a capela particular dos
fundadores do distrito, família Furtado Leite e da família Pinto Coelho, da
qual Barão de Cocais era descendente. Ele está sepultado no interior da igreja.
Igreja Santana |
Igreja do Bonfim |
A do Bonfim
ocupa lugar no terreno onde era a fazenda Estalagem. O coronel da época estava
com a filha doente e prometeu construir uma igreja caso ela se curasse e assim
foi feito. A original, construída no século XVII em pau a pique, era muito
parecida com uma das igrejas que mais admiro em Minas Gerais : a
igrejinha do Ó em Sabará, porém, ela foi demolida em 1973 e foi
construída outra em alvenaria no seu lugar.
Igreja do Rosário |
E a matriz, por ser do Rosário, foi construída
para que negros e mestiços a frequentassem. Ao seu redor há um chafariz e um
cruzeiro. Esta vai para a minha coleção particular de fotos
dos templos dedicados a Nossa Senhora do Rosário.
Pintura no teto da igreja do Rosário |
Altar da igreja do Rosário |
Estilo colonial prevalece na arquitetura na vila |
Fiquei
hospedada na Pousada das Cores e
achei muito interessante o trabalho cultural desenvolvido pelo proprietário. Além
disso, as refeições são elaboradas com verduras, legumes, frutas e flores
comestíveis que ele mesmo ou seus vizinhos cultivam. Ainda tem uma lojinha com
produtos da região para serem vendidos: farinhas, licores, geleias, vinagres ...
Há também a igrejinha de São Francisco e Santa Clara, um castelinho onde é a recepção, adega, claro, pois um lugar aconchegante e bonito merece ser apreciado como um bom vinho e ainda um pequeno alambique.
Interior da igrejinha São Francisco e Santa Clara na pousada das Cores |
Agora, para conhecer um pouco mais da cultura, modo de vida dos moradores de
Cocais, basta visitar o museu Fernando
Toco, um antigo morador, senhor Augusto Bento do Nascimento, que, durante
toda a sua vida, colecionou objetos que contavam a história da Vila. O museu funciona
em um imóvel que pertenceu ao Barão de Cocais.
Localização:
Cocais fica a
Visitei e recomendo:
Sítio Arqueológico Pedra Pintada
Igrejas Santana, do Bonfim e Matriz do Rosário
Museu Fernando Toco
Pousada das Cores
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*Texto e crédito das fotos: Karina Motta
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