
O agreste pernambuca-no, representado por Caruaru, tem na cidade o título de ser a capital do forró. Ela disputa com Campina Grande, na Paraíba, o título de maior São João do mundo e tem ainda a maior
feira de artes figurativas do mundo, que fica no
parque 18 de maio. Título reconhecido pela
Unesco. Se for regional, tem de tudo um pouco: roupa, comida típica e artesanato feitos em barro, couro, rendas e corda.
Na festa de São João, há apresentações de bacamartei-ros, de quadrilhas, de bandas de pífanos e de trios de forró embalando o autêntico forró pé-de-serra. No
pátio de eventos Luiz Gonzaga é onde acontece a festa de São João todos os anos.
Há ainda a vila do forró.
Fizemos um tour panorâmico pela cidade.

Os ateliês dos principais artesãos em atividade e a antiga residência do mais famoso de todos eles: Mestre Vitalino ficam no bairro Alto do Moura. Lá, é possível encontrar objetos pessoais e réplicas de seus trabalhos. Inclusive do mestre Manuel Eudócio, que teve uma de suas peças entregues ao papa Bento XVI pelo presidente Lula e dona Marisa. Ele foi declarado
Patrimônio Vivo de
Pernambuco.

E se foi neste estado que Luiz Gonzaga, o rei do baião nasceu, nada mais natural que ter várias homenagens a ele e na cidade do forró, então...

É lá que fica o
Museu do Forró Luiz Gonzaga. Ele foi inaugurado em 1999. São três salas: centenário Luiz Gonzaga, Luiz Gonzaga e Festejos Juninos.


Tem a roupa (pijama) que Luiz Gonzaga usava quando faleceu e objetos pessoais como óculos, sanfona, gibão, documentos e cartas amorosas que ele trocava com sua última mulher, Edelzuita Rabelo. Muitos dos objetos foram doados por ela.
 No mesmo prédio, há uma sala em homenagem à cantora Elba Ramalho.

E também o Museu
do Barro Zé Caboclo, que reúne o que há de mais representativo na música
e no artesanato pernambucanos como cerâmicas originais dos reconhecidos Zé
Caboclo e Mestre Vitalino, que tem peças expostas até no museu do Louvre em
Paris. A sala do Mestre Vitalino estava interditada por infiltração, mas dei um jeitinho de ver as peças em um canto por uma abertura da porta.
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Estação ferroviária.

No caminho, assim como em
Sergipe, fomos apreciando a paisagem do
sertão nordestino. Chama a atenção também a quantidade de canaviais. Pernambuco é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar no Brasil. A colheita ainda é manual por serem plantadas em morros, onde dificulta o acesso das máquinas.


Em nossa viagem de
Porto de Galinhas a Caruaru, passamos por cidades que fazem parte da
rota do forró: Vitória, Gravatá, Bezerros...Gravatá é considerada fria. Uma das únicas em que tem inverno, mas o frio não passa dos 16°.
Almoçamos no restaurante da perua, apesar de muito gostosa, só tinha carne de sol de comida regional. Depois pegamos mais 48 km de estrada rumo a
Nova Jerusalém, que é o tema de post específico, claro.
Localização: Caruaru fica a 138 km de Recife, capital de Pernambuco, ou seja, duas horas de distância. É a região do agreste pernambucano
Visitei e recomendo: Feira de Artes Figurativas
Parque 18 de maio
Museu do Forró Luiz Gonzaga
Museu do Barro Zé Caboclo
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Texto e fotos: Karina Motta
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