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domingo, 18 de novembro de 2018

Caruaru, a capital do forró

O agreste pernambuca-no, representado por Caruaru, tem na cidade o título de ser a capital do forró. Ela disputa com Campina Grande, na Paraíba, o título de maior São João do mundo e tem ainda a maior feira de artes figurativas do mundo, que fica no parque 18 de maio. Título reconhecido pela Unesco. Se for regional, tem de tudo um pouco: roupa, comida típica e artesanato feitos em barro, couro, rendas e corda.

 
 
 
 
 
 
Na festa de São João, há apresentações de bacamartei-ros, de quadrilhas, de bandas de pífanos e de trios de forró embalando o autêntico forró pé-de-serra. No pátio de eventos Luiz Gonzaga é onde acontece a festa de São João todos os anos.

Há ainda a vila do forró.



Fizemos um tour panorâmico pela cidade.



Os ateliês dos principais artesãos em atividade e a antiga residência do mais famoso de todos eles: Mestre Vitalino ficam no bairro Alto do Moura. Lá, é possível encontrar objetos pessoais e réplicas de seus trabalhos. Inclusive do mestre Manuel Eudócio, que teve uma de suas peças entregues ao papa Bento XVI pelo presidente Lula e dona Marisa. Ele foi declarado Patrimônio Vivo de Pernambuco.
E se foi neste estado que Luiz Gonzaga, o rei do baião nasceu, nada mais natural que ter várias homenagens a ele e na cidade do forró, então...
É lá que fica o Museu do Forró Luiz Gonzaga. Ele foi inaugurado em 1999. São três salas: centenário Luiz Gonzaga, Luiz Gonzaga e Festejos Juninos.









Tem a roupa (pijama) que Luiz Gonzaga usava quando faleceu e objetos pessoais como óculos, sanfona, gibão, documentos e cartas amorosas que ele trocava com sua última mulher, Edelzuita Rabelo. Muitos dos objetos foram doados por ela.







 






No mesmo prédio, há uma sala em homenagem à cantora Elba Ramalho.




E também o Museu do Barro Zé Caboclo, que reúne o que há de mais representativo na música e no artesanato pernambucanos como cerâmicas originais dos reconhecidos Zé Caboclo e Mestre Vitalino, que tem peças expostas até no museu do Louvre em Paris. A sala do Mestre Vitalino estava interditada por infiltração, mas dei um jeitinho de ver as peças em um canto por uma abertura da porta.



Estação ferroviária.
No caminho, assim como em Sergipe, fomos apreciando a paisagem do sertão nordestino. Chama a atenção também a quantidade de canaviais. Pernambuco é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar no Brasil. A colheita ainda é manual por serem plantadas em morros, onde dificulta o acesso das máquinas.



Em nossa viagem de Porto de Galinhas a Caruaru, passamos por cidades que fazem parte da rota do forró: Vitória, Gravatá, Bezerros...Gravatá é considerada fria. Uma das únicas em que tem inverno, mas o frio não passa dos 16°.
Almoçamos no restaurante da perua, apesar de muito gostosa, só tinha carne de sol de comida regional. Depois pegamos mais 48 km de estrada rumo a Nova Jerusalém, que é o tema de post específico, claro.



Localização: Caruaru fica a 138 km de Recife, capital de Pernambuco, ou seja, duas horas de distância. É a região do agreste pernambucano


Visitei e recomendo: Feira de Artes Figurativas
Parque 18 de maio
Museu do Forró Luiz Gonzaga
Museu do Barro Zé Caboclo


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Texto e fotos: Karina Motta

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