A vida de Jesus é lindamente representada no grande presépio do Pipiripau, que fica na Capital mineira. Neste ano, a primeira e a última sessão do Presépio do Pipiripau dos dois primeiros sábados de dezembro foram seguidas por uma apresentação de coral. E o BLOG VIAGENS PELO BRASIL, que ama presépios não podia perder a oportunidade e fomos prestigiar o evento. Desde 1976 o Pipiripau pertence ao patrimônio da UFMG. E, em 1984, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele existe a 113 anos. 
Assistimos à apresentação do Coral Cantáridas – ICB / UFMG no anfiteatro, que fica em frente às árvores, inclusive, uma enorme, chamada suauma. Na música noite feliz, os cantores chamaram a platéia para cantar junto e, na última música, juntaram-se aos presentes, deram as mãos e cantamos juntos em um enorme coral de confraternização. 
Gratidão - Foi montada a árvore da gratidão em que os visitantes podiam escrever seus agradecimentos nas bolas que formam a árvore de natal. 
A sessão do presépio dura 15 minutos. Primeiro, há uma apresentação sobre a obra sobre o criador dela, o artesão autoditada Raimundo Machado Azeredo. Há, na sala ao lado, a representação da oficina dele. 
Ao lado, tem ainda maquete para representar uma miniatura do presépio, que foi construída na década de 1960 e recebeu o nome de Pipiripin.
Desta vez fomos levando minha mãe de 78 anos de idade. Da primeira, levamos minha sobrinha que, à época, tinha 2 aninhos. Morremos de rir na hora do trovão (um dos efeitos especiais) e que já haviam avisado que as crianças podiam assustar e explicam mais ou menos quando será o momento, mas elas ficam tão eufóricas querendo ver tudo de perto que você fica sem ação para tirá-las de lá e quando vem o trovão todas se assustam e vão correndo para o colo dos pais e parentes. 
Todo articulado, assim que é colocado em funcionamento, as peças começam a se mexer. Há uma sincronia de 586 figuras móveis, distribuídas por 45 cenas, com quase três mil objetos que contam a história da vida e da morte de Jesus Cristo. No maquinário para dar movimento, foram utilizados barbante, carretéis de linha, polias, mecanismos de relógio, radiola, gramofone... Hoje, a articulação das peças e como elas são colocadas em movimento por meio da casa de máquinas pode ser conferida em uma janela fechada com vidro que fica na varanda.
Tudo acontece tendo como cenário uma cidade fictícia e tem, principalmente, referências a Belo Horizonte (fonte da praça Raul Soares - a primeira da cidade) e Ouro Preto (igrejas). 
Ele foi construído aos poucos ao longo de 82 anos (1906 - quando sr. Raimundo tinha 12 anos de idade a 1988 – quando o criador faleceu). Até o último momento, o artista ajudou na manutenção do presépio distribuído em uma área de 20 metros quadrados.
Dentre os materiais utilizados para compor as peças está argila, papel machê e conchas.
Não tem como não se emocionar com tanta beleza e magia potencializadas pela proximidade do Natal!
Museu - O presépio fica dentro do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG. Para chegar até lá, basta seguir uma trilha.
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*Texto e Fotos: Karina Motta
