Blog Viagens pelo Brasil: Emoção na volta a Cabo Frio/RJ após 33 anos

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Emoção na volta a Cabo Frio/RJ após 33 anos

Até a minha adolescência, passava as férias em Cabo Frio, que fica na região dos Lagos do Rio de Janeiro. Minha tia já falecida que nos levava. Meu irmão foi desde a barriga da minha mãe. E, agora, 33 anos depois, volto. Meu marido não conhecia e se apaixonou. Foi uma grande emoção!

Sempre amei as areias branquinhas dessas praias. A água é fria, sim, mas mineiro que é mineiro quer é se vislumbrar e curtir o mar porque água fria, por água fria, já estamos acostumados com nossas magníficas cachoeiras.

Lembro-me de criança procurando conchinhas furadas ou fazendo castelinhos de areia nas praias ou ainda pescando no canal e passeando de barco ou degustando um delicioso bolinho de camarão.

E o forte São Matheus! Sempre sonho com o forte, que agora pude revisitar pessoalmente. Eu não tinha nenhum registro fotográfico deste ponto turístico. Acho que por isso permeava meu inconsciente. Essa é uma construção do século XVII e servia para defender a cidade de invasões francesas e holandesas. Foi construído em pedra e argamassa, utilizando cal e óleo de baleia. É tombado pelo Iphan.

As mais conhecidas praias da cidade são: do Forte, onde ficamos hospedados. É a principal da cidade, com 7,5 km de extensão. Tem esse nome porque em seu extremo esquerdo está localizado o Forte São Matheus.

Nela, há uma área que é sítio arqueológico.

Claro que depois de tanto tempo está tudo reestruturado. A orla está impecável onde tem bons e diversificados restaurantes e hotéis. A praia é mais propícia à prática de esportes náuticos. É o cartão-postal da cidade.

Fiquei procurando o bolinho de camarão da minha infância e não é que o encontrei no quiosque que existe desde a época em que eu frequentava a praia? Foi uma alegria imensa. Também quis o milho verde, que é vendido por ambulantes.

Uma informação importante é que, em relação às praias, a do Peró e das Conchas possuem bandeira azul, um certificado internacional de qualidade ambiental. Ela vale para a temporada 2021/2022. A renovação é anual. Peró é referência em riqueza ambiental no mar e na restinga preservada. A área dessas duas praias está nos limites do Parque Estadual da Costa do Sol e da Área de Proteção Ambiental do Pau-Brasil.

a do Peró é bem conhecida. Tem extensão de 7km. Muito procurada por surfistas por causa das ondas, mas também há trechos onde o mar é bem tranquilo, mas preferi mesmo a das conchas. A areia já é dourada por aqui.

das Conchas fica ao lado da praia do Peró. São 600 metros de extensão em formato de uma concha. Possui piscinas naturais formadas entre as rochas. Do alto, ao lado direito, é possível ter uma vista da junção das Praias das Conchas e do Peró, onde forma um coração, mas, como estávamos com minha mãe, não subimos até o mirante.

O mar é mais quente. Na minha opinião, é a melhor para se curtir. O principal restaurante de lá foi cenário de novelas. Era, por exemplo, a casa de praia do Tufão, de Avenida Brasil.

das Dunas é uma área de preservação ambiental, pelas dunas estarem constantemente se movendo. O mar possui muitas correntes marinhas, o que torna as ondas fortes e é amais procurada para a prática de surf, windsurf, kitesurf e vela, e a paisagem é magnífica! Apenas passamos por ela na estrada mesmo.

Outras praias que não visitamos dessa vez: Brava, com natureza selvagem, é cercada por escarpas de 20 metros de altura e tem águas claras e agitadas. É muito procurada por surfistas e adeptos do nudismo. Seu acesso é realizado por trilhas de difícil acesso. Para quem deseja avistá-la do alto, é possível através de uma trilha sinalizada próximo ao Farol da Lajinha.

do Foguete possui uma grande extensão de areia. Excelente opção para quem quer tranquilidade para curtir o sol. Suas águas cristalinas também são muito procuradas por surfistas, kitesurfistas e pescadores.

ilha do Japonês é acessada por barquinho. È um paraíso ecológico dentro do Parque Estadual da Costa do Sol, com águas calmas e rasas, ideal para relaxar.

No seu entorno encontram-se a Caverna dos Escravos, Praia Brava, Mirante do Papagaio, Farol da Lajinha e Praia Fofa, acessados por trilhas para caminhadas ecológicas, preferencialmente sob orientação de Guias de Turismo especializados ou por Condutores Ambientais.

Como minha mãe já conta com 80 anos e não tem mais a agilidade de quando me acompanhava e eu era criança/adolescente, não passeamos muito. Ficamos praticamente na praia do Forte e fomos na praia das Conchas e Peró.

Mas também fomos a pontos turísticos antigos como o canal, a igreja e a rua dos biquínis.

Rua dos Biquínis - O shopping Gamboa oferece mais de 150 lojas especializadas em moda praia, fitness e acessórios. O bom é poder montar os biquínis como desejar, seja na combinação de modelos, seja na de tamanhos.

Igreja Nossa Senhora da Assunção - Construída em 1667, em estilo jesuítico, a Igreja Nossa Senhora da Assunção possuí altares em arte barroca. O altar-mor chama a atenção pela riqueza de detalhes e cores vivas. Nele encontra-se a imagem da Padroeira da cidade, esculpida em madeira, em Lisboa e a pia batismal em pedra de lioz, existe poucas no Brasil. A igreja fica aberta à visitação e Missas são realizadas diariamente.

Há outra nova igreja.

O Canal do Itajurú, é emblemático para a história de Cabo Frio e fica no centro da cidade. É cortado pela ponte Feliciano Sodré. De um lado temos as embarcações com os passeios e do outro a lagoa Araruama. São 6 km de extensão e de onde partem os passeios de barco, escuna para os turistas. É em seu calçadão, que ocorre a feirinha. Na alta temporada, é todos os dias. Na baixa, às quartas e quintas-feiras.

A lagoa Araruama é a maior do Brasil com água salgada.

ponte Feliciano Sodré foi inaugurada em 1926, substituindo uma ponte de ferro de 1898, mas que não foi resistente à maresia. Possui estilo arquitetônico arrojado para a época. Era o maior vão livre do Brasil, o que permitia a navegação dos veleiros de sal pela sua parte central. Destaque que, por muito tempo, o sal foi a fonte da economia da cidade. Há alguns anos, transferiu-se a produção do sal para o nordeste, em Mossoró. Hoje a economia local gira em torno do turismo.

Convento Nossa Senhora dos Anjos - Museu de Arte Religiosa e Tradicional foi construído em 1696, para abrigar os Franciscanos da Ordem Terceira da Penitência. Atualmente, funciona o Museu de Arte Religiosa e Tradicional, administrado pelo IBRAM. Na direção do museu, em cima de um morro há uma igrejinha. Ela foi construída para substituir o primeiro forte da cdidade.

Apenas vimos do ônibus o Bairro da Passagem. É área de povoação portuguesa mais antiga de Cabo Frio e o único núcleo urbano entre 1616 e 1660. Sua denominação provém do porto de embarque e desembarque de pessoas e mercadorias que atravessavam o Canal do Itajuru no período imperial. Hoje é o maior ponto gastronômico da cidade.

Vimos o nascer do sol da janela do quarto do nosso hotel.

Mais do pôr do sol lindo do dia em que visitamos o Forte.

Hoje, a economia da cidade gira em torno do turismo. Por muito tempo, foi a produção de sal. Assim que chegávamos a Cabo Frio, passávamos pelas salinas. Agora, onde há um tipo de árvore fininha que nasce na área salinizada é que havia a produção do sal. A região nordeste, mais especificamente, Mossoró/Rio Grande do Norte é para onde a produção de sal se transferiu.