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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O céu, o sal, o sol e o mar de Maceió


Praias do centro de Maceió

Que toda a região nordeste do Brasil tem mar com águas quentinhas e belas praias ninguém duvida, mas, Maceió possui um diferencial em cada uma delas. A cidade tem 40 km de praia. No centro, ficam a Jatiúca, Ponta Verde e a Pajuçara.

Todas com total infraestrutura de quiosques com preços variados para todos os bolsos, calçadão, ciclovia e serviço de aluguel de cadeiras. Neste espaço, em determinada hora, são montadas barracas que vendem tapiocas com os mais diversos recheios. Uma delícia.




Jangadas levam até os recifes, mas, os guias turísticos brincam que não podem falar em recife para não fazer propaganda da capital vizinha – risos. 

À noite, vans municipais pegam o turista gratuitamente nos hotéis e os deixam nos quiosques que oferecem diversão, muito forró e música ao vivo. Reservei uma das noites para um jantar romântico no Imperador dos Camarões. Inesquecível!

Algumas barracas também têm apresentações artísticas.





Tal qual Diamantina, Maceió já foi cenário para produções cinematográficas e televisivas como novelas e o filme Deus é brasileiro. Em Piaçabuçu.


Uma das praias mais famosas é a do Francês. Mar límpido e muita agitação marcam este destino. Além do peixe, camarão e lagosta que oferecem lá, sugiro experimentarem uns biscoitinhos em formato de conchas, chamados bolinho de goma. Eles também são vendidos em Maragogi.  Derretem na boca e são uma delícia.
Já o destaque da praia do Gunga em Barra de São Miguel são os coqueiros. Ao longe é possível ver a imensidão de pés dessa fruta que circundam toda a área formando um belo cartão-postal. Para ser visitado, há um pequeno museu marinho, com tartarugas de todos os tamanhos e que chama a atenção para a preservação ambiental.







 




Visitamos também Dunas de Marapé, que fica na região de Duas Barras – município de Jequiá da Praia, cerca de 70 km de Maceió. Aqui há praia, mata e encontro do rio Jequiá com mar.





 





Carro Quebrado guarda excelentes surpresas. O nome sugestivo tem várias versões. Uma delas é que casais iam namorar escondido lá e, como o acesso é em estrada de terra, com muitos buracos, ao voltar para casa, diziam aos pais que a demora se deveu ao carro ter quebrado. Outra bem famosa também é que por muitos anos um carro ficou estragado na praia e não apareceu ninguém para buscá-lo e consertá-lo. Assim, toda vez que alguém ia lá falava: olha! A praia do carro quebrado. Mas não param por aí as curiosidades. A área é de preservação ambiental e, por isso, não são permitidos quiosques na beira mar. O melhor acesso é de jipe e, no caminho, encontram-se mulheres cantando e lavando roupas no rio. Ao chegar, a diversidade de tons e cores da areia nos paredões impressiona.












Porém, é a foz do Rio São Francisco que mais emociona. O encontro de águas doces e salgadas... A paisagem lembra o deserto, com dunas de areia, sol forte só que com um delicioso mergulho nas águas abundantes para se refrescar e sombra de alguns coqueiros.













A foz fica em Penedo, um bucólico e charmoso município nordestino. 

Agora, paraíso mesmo é Maragogi. Um espetáculo da natureza e convivência harmônica entre homens e peixes. É possível mergulhar e ver tudo o que Deus criou de belo para os seus filhos. O passeio de barco parte da beira da praia e vai mar adentro até o alto mar (6 km da costa). Então, os turistas descem aonde se formam diversas piscinas, e podem caminhar com a água batendo na cintura ou mesmo nadar com inúmeros peixes e mergulhar.


Apesar de a maioria dos turistas da cidade privilegiarem as praias e até mesmo os guias não mostrarem muito sobre prédios históricos, eu contrariei a regra e tirei um dia todo para visitar museus e igrejas, que vocês já sabem, queridos leitores, como valorizo esses lugares e pessoas que encontro em minhas viagens. Assim, os encantos de Maceió não se restringem às praias. A arquitetura e artesanato são lindos. No centro, os prédios seguem diversos estilos. Encontra-se desde os barrocos aos modernos.

O museu Théo Brandão homenageia um professor e folclorista da região, que doou o acervo do espaço. O prédio em que funciona também é lindo assim como tudo o que ele expõe. O guarda municipal que toma conta do museu nos falou um pouco das tradições alagoanas como música e sobre o prédio.












Claro que não podiam faltar as igrejas. Uma das que conhecemos foi a Catedral Metropolitana tem como padroeira Nossa Senhora dos Prazeres. O estilo arquitetônico predominante é o neoclássico. 



 

Mulher rendeira – Os trabalhos manuais são impressionantes e delicados. Muitos estão nas feiras do bairro Pontal da Barra e Pajuçara. A arte passa de mãe para filha e, em determinados pontos da cidade, é possível ver as mulheres sentadas nas portas de suas casas bordando lindos panos de prato, caminhos de mesa, blusas. O tipo de bordado mais conhecido é o filé. Levei uma coleção para casa de lembrança.

As bijuterias feitas de sementes e côco também são muito comuns no nordeste. Em uma de nossas paradas no city-tour, vendedores ambulantes correram para nos mostrar seus trabalhos artesanais e nos apresentou uma semente chamada piriquiti, vermelha. Segundo ele, daí é que vem a expressão empiriquitada (quando a mulher está muito arrumada). Pediu que adquiríssimos três sementes, fizéssemos três pedidos um para cada uma delas e levássemos outras seis sementes para darmos a pessoas queridas quando voltássemos para que pudessem fazer os seus pedidos. Entrei na brincadeira e entreguei três delas para meu irmão e as outras três para minha mãe. Na verdade, não me lembro dos pedidos que fiz nem se foram realizados, mas valeu pelo vendedor ter contado uma curiosidade.


Localização:

Região nordeste do Brasil. Capital do estado de Alagoas.

Visitei e recomendo:

Praias Jatiúca, Ponta Verde, Pajuçara, do Francês, Carro Quebrado, Gunga
Foz do Rio São Francisco
Penedo
Maragogi
Museu Théo Brandão
Catedral Metropolitana
Dunas de Marapé

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                                                                      *Texto e crédito das fotos: Karina Motta