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sábado, 29 de abril de 2023

Parque Municipal de Belo Horizonte

Onde tem arte, cultura, história e natureza o BLOG VIAGENS PELO BRASIL está lá. Como boa belorizontina que sou, sempre passei pelo parque Municipal de BH, Américo Renné Gianetti, que fica bem no centro da Capital mineira. Quando criança, brincar e divertir muito e registrar fotos com os lambe-lambe. Andar de burrinho... Na adolescência, passar por ele para cortar caminho. Além de frequentar o teatro Francisco Nunes, mas, recentemente, fui surpreendida com uma reportagem sobre o parque e descobri que não o conhecia. Muitas esculturas que não me lembrava e até mesmo alguns lagos. Até uma cascata tem lá dentro, mas, dessa vez, não a encontrei.





























Este é o Patrimônio  ambiental mais antigo da cidade, o Parque foi projetado no final do século XIX e inaugurado no dia 26 de setembro de 1897. São 182 mil metros quadrados de área bem arborizada e devidamente identificada cada espécie de planta. O parque foi projetado pelo arquiteto e paisagista francês Paul Villon.







Antes de sua implantação, o espaço abrigava a Chácara Guilherme Vaz de Mello, conhecida como Chácara do Sapo. A propriedade serviu de moradia para o próprio Paul Villon e para Aarão Reis, engenheiro chefe da Comissão Construtora, encarregada de planejar e construir a nova capital de Minas.
                                   
Compõem o parque  bosques, trilhas ecológicas e lagoas com barquinhos a remos e pedalinho. Além de monumentos, teatro de arena, teatro Francisco Nunes, quadras, aparelhos de ginástica, ciclovia, pista de cooper e caminhada, brinquedos, burrinhos e pôneis para montaria. Agora tem um trenzinho para conhecer todo o parque.
                              
                                              
                                

                                
Mas o que fica no imaginário infantil mesmo de uma legítima belorizontina é mesmo o parque de diversões. Fosse com amiguinhos, excursão da escola ou mesmo família, não faltava o passeio no carrossel, minhocão e Tobogã. 


Há alguns dias, no aniversário do Galo, meu time do coração, recebi um vídeo mostrando que havia uma homenagem ao Atlético Mineiro perto do coreto e eu fiquei louca para conhecer. 
Então, só me restou aproveitar a primeira folga e passear pelo parque. 
                                          
                                                            
Esculturas/Bustos - Já na entrada principal, pela avenida Afonso Pena, encontramos as primeiras esculturas. 

De cara, o busto da personalidade que dá nome ao parque: Américo Renné Gianetti. O busto em bronze de Américo Renné Giannetti foi feito pelo escultor João Scuotto. O pedestal é revestido em pó de pedra.
Américo Renné Giannetti, engenheiro e político, trabalhou como chefe da Usina Siderúrgica de Rio Acima, construiu estradas nos arredores de Belo Horizonte e organizou as empresas: Metalúrgica Santo Antônio, Eletro-Química Brasileira, Imobiliária Mineira, Companhia Mineira de Estradas e Construções e a Fábrica Saramenha. Foi vereador por Nova Lima e Belo Horizonte, Secretário de Estado da Agricultura, em Minas Gerais, e prefeito de Belo Horizonte de 1951 a 1954. Participou, ainda, do Conselho Construtor da Companhia Siderúrgica Nacional.
Dentre as principais esculturas do parque está a dos quatro envolvidos na fundação de BH: o governador Augusto de Lima, que propôs a mudança da capital de Ouro Preto para BH ; Afonso Pena, que oficializou a construção da nova capital; Bias Fortes, governador que a inaugurou; e Aarão Reis, engenheiro construtor da cidade.






















































Uma das mais lindas esculturas, destacada por detalhes, é A Mãe Mineira. Realmente chama a atenção. Inaugurada em 1958, ela homenageia as mães de Minas Gerais. Foi esculpida por Lélio Coluccini, escultor neoclássico e modernista italiano, nascido em Valdicastello em 1910. Viveu no Brasil, se radicando em Campinas, onde faleceu em 1983. O monumento impressiona pelo realismo e modernismo. 




























Também impressionante, com 3,60 metros de altura, pesando uma tonelada, é a escultura de uma mulher alada, sem cabeça e braços. É a réplica de uma das mais importantes esculturas do mundo, Vitória de Samotrácia. A original está exposta no Museu do Louvre em Paris e é a terceira obra mais visitada neste museu. 



























A obra retrata Atena Niké, a deusa grega da vitória. Sua forma é de uma mulher alada. Acreditam os historiadores que era usada em forma de carranca em navio de guerra e em uma batalha naval perdeu a cabeça, braços e pés. A escultura pode também ter sido usada para ornamentar a entrada de um santuário dedicado aos Cabírios, considerado os protetores dos navegantes. A escultura original foi encontrada na cidade de Samotrácia, na Grécia em 1863. Por simbolizar a vitória na guerra, seu nome passou a ser Vitória de Samotrácia.
                                         
A escultura foi instalada no Parque Municipal próximo à entrada da rua Ezequiel Dias, em 2008, por ocasião dos 110 anos do parque. A réplica foi autenticada pela Réunion de Musées Nationaux, instituição francesa que coordena 33 museus franceses.
                                     
Ainda próximo à rua Ezequiel Dias fica o lago do Parque Municipal com a escultura Afrodite: a Vênus de Milo. Ela é esculpida em mármore branco. É o símbolo da beleza feminina clássica. Foi esculpida entre os anos 100 e 190 a.C., sem autoria até hoje identificada. Chamada de Vênus pelos conquistadores romanos, a escultura representa a deusa Afrodite para os gregos. Segundo a mitologia grega, Afrodite é a deusa do amor, sendo uma das deusas mais cultuadas pelos gregos na antiguidade.
A estátua foi encontrada em 8 de abril de 1820 na cidade grega de Milos, sem os braços e sem o pé esquerdo. Como os romanos chamavam a deusa Afrodite de Vênus e a estátua foi encontrada em Milos, ficou o nome, Vênus de Milo.




Há, ainda, um busto em homenagem a Anita Garibaldi. Ela nasceu em Tubarão/SC em 30 de agosto de 1821 e faleceu em Ravena, na Itália em 4 de agosto de 1849. Anita Garibaldi foi uma famosa revolucionária catarinense, que juntamente com seu marido Giuseppe Garibaldi, teve participação direta na Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul e no processo de unificação da Itália.
Foi tão atuante nesses dois episódios que ficou conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". 
Lagos - A homenagem à heroína fica na Ilha dos Amores, no lago principal do parque, o dos Barcos. A ilha é em estilo francês, com uma ponte em estilo romântico, com estrutura em arco de madeira. 





















































































Outros monumentos: Ponte Seca 


Bebedouro da Jaqueira




Coreto - Bem próximo à lagoa dos barquinhos, tem um coreto, com detalhes entalhados. Ele foi importado da Bélgica. Primeiro, ele foi instalado na antiga praça do Mercado, hoje a atual praça da Rodoviária. Em 1922 foi transferido para o Parque Municipal. Hoje, o coreto é um dos patrimônios culturais de Belo Horizonte.















É lá  que tem um,totem em homenagem ao Atlético Mineiro. Exatamente no local onde o time foi fundado, em 1908.


Teatro Francisco Nunes - Hoje, fica mais fácil acessar pela portaria principal, para encontrarmos o teatro Francisco Nunes, que é projetado pelo arquiteto Luiz Signorelli, com influências da arquitetura moderna. Ele foi inaugurado em 1950, mas foi erguido em caráter emergencial porque não havia nenhum edifício teatral na capital mineira. Foi totalmente reformado em 1980. Houve restauração, modernização e melhoria acústica do teatro pela Lazuli Arquitetura. e entregue em 2014. A capacidade é para 525 lugares.












Dois enormes painéis retratam a fauna e flora brasileira com mosaicos portugueses.





Localização:
Avenida Afonso Pena 1.377 

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