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sábado, 7 de setembro de 2019

Um pouco do Pantanal sul-mato-grossense

O caro leitor do BLOG VIAGENS PELO BRASIL sabe que adoro desbravar os locais por onde passo e tento conhecer o maior número de pontos turísticos da região para onde vou, mas, dessa vez, não deu nem para visitar a capital do estado onde passei minhas férias, que é Campo Grande. Fui para Bonito, no Mato Grosso do Sul. Porém, vamos combinar: conhecer Bonito apenas já é ter contato o que há de mais lindo no estado. Entretanto, nosso nobre seguidor também sabe que nós sempre damos muita sorte em encontrar as pessoas certas para nos ajudar pelo caminho. E, não é que já estava frustrada pelo Pantanal e Campo Grande serem longe e não dar tempo para conhecê-los, quando a agência que fez meu receptivo e deu toda a assistência para explorar Bonito me mostrou que eu poderia ter uma noção do Pantanal ao visitar o município que fica ao sul do estado e ter um day-use em uma fazenda para sentir o gostinho pantaneiro? E aí estamos aqui na Fazenda San Francisco, em Miranda.

Chegamos à fazenda e já somos recepcionados pelas araras canindé, que ficaram pertinho da gente. Ahhh difícil escolher qual espécie mais me encantou: a de cor vermelha ou a de azul de papo amarelo. Quer saber? Impossível escolher! Fico com as duas!


 

  
 
O passeio inclui um safári de manhã para tirar fotos com trilha na mata ciliar do rio Miranda. O som do berrante avisa que está na hora de embarcar. É uma pequena aventura realizada em carros próprios de safári mesmo.

Jacaré, capivara, sucuris (dispenso - risos). Tenho muito medo de cobra - mais risos) e carcarás podem ser vistos.
 
 
Em nosso passeio, vimos muitos jacarés, capivaras, emas, pássaros. Alguns cervos e dois tuiuiús ao longe. Mas só de saber que estavam ali e são o símbolo do lugar, fiquei com um sorrisinho no rosto.

 
 
  
Só de aves, o Pantanal possui 485 espécies diferentes dentre tucano, arara, garça, cegonha e gavião.

Apenas na Fazenda San Francisco, já conseguiram catalogar 352 espécies. Foram, inclusive, instaladas trilhas especialmente para a observação das aves.

Quanto aos mamíferos, há o registro de 33 espécies de médio e grande porte na fazenda. Cervo e capivara são alguns deles.

Dentre os répteis, claro que o jacaré do Pantanal é o mais fácil de ser visto. Em cada canto tem um.
 
 
 
 
O turista passa por áreas de mata nativa, Pantanal e campos de arroz irrigado.

 
 
É possível observar, também, o encontros das águas dos rios Corixo São Domingos com o Miranda.


Para conhecer ainda mais o funcionamento da fazenda, é feito um pequeno tour no local de criação de gado para se ter uma ideia de como o local funciona e suas atividades produtivas, que se especializou em criação de gado e cultivo do arroz. Aliás, atividades presentes em todas as fazendas que vi na região. Agora, há criação de búfalos também, pois eles são mais fortes e ficam juntos em caso de ataque de onça. Estava morrendo muito boi e vaca por causa das onças que os comiam. Misturar os búfalos entre eles, diminuiu esse tipo de ataque.
Por falar em onça, ela não deu o ar da graça. Já sabia que durante o dia é difícil vê-la, mas sempre fica a expectativa de turista. Teve uma que ficou hospedada na fazenda e conseguiu ver duas onças na focagem noturna.


E depois de ter saído da minha zona de conforto para curtir Bonito, permitindo-me um pouco de adrenalina, chego ao Pantanal para, à tarde, relaxar de vez. Esta é a hora do passeio de chalana para pesca de piranha. Ele é realizado no rio Corixo São Domingos - um braço do Rio Miranda.

 
Na verdade nem eu nem meu marido conseguimos pescar nada, mas valeu a brincadeira. A pesca esportiva de piranhas é bem pitoresca.

 
Aqui também é momento de observar os animais que vivem nas margens dos rios como o martim pescador, biguas, garças, socós, gaviões...

E aqui se consegue ver o jacaré bem de pertinho. Vários!

O guia joga peixe para os gaviões, que ele já conhece e deu nome para cada um e para o jacaré. Assim, é possível vê-los muito de perto se alimentando.

Fomos em agosto, portanto, período de seca que vai de junho a outubro. Por isso, conseguimos caminhar na trilha na mata ciliar do corixo e conhecer a vegetação típica como a figueira mata pau, figueira branca, acuri, piuva, angico além de diversos cipós podem ser conhecidas.

 
 

Outra caminhada que fizemos foi na Trilha da Vazante com visita ao Mirante. Ela é feita em uma ponte de madeira sobre uma área que às vezes está inundada, outras, seca e fica na reserva florestal da Fazenda San Francisco. 

São 900 metros de extensão e ao final encontramos um mirante com 10 metros de altura que propicia excelente vista da paisagem pantaneira. E onde é feita a observação de animais para catalogá-los.

Durante o trajeto, é possível passar por área aberta da mata. 

A fazenda se preocupa em apoiar a preservação ambiental e desenvolve vários projetos de conservação. O Ecologia da Jaguatirica (Leopardus pardalis) e Estudo de densidade e viabilidade econômica da palmeira Carandá (Copernicia alba) são alguns deles.

A San Francisco ganhou, inclusive, o título de Criador Conservacionista, CRAS – Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, apoiando na reabilitação e re-introdução de animais silvestres que foram resgatados do comércio ilegal.

Desde 2003, a Fazenda San Francisco é a sede do Projeto Gadonça, que estuda a predação do gado por Onça-pintada (Pantera onça) e Onça-parda (Puma concolor).
O almoço está incluído no passeio e puxa mais para pratos pantaneiros.


Pantanal – Um minimuseu está incluído neste passeio. 

A região é a maior área continental alegável do mundo. São 210 mil km² em três países da América do Sul: Paraguai, Bolívia e Brasil. A maior parte (140 mil km²) está no Brasil. A região possui duas estações bem distintas anualmente a seca e cheia. O rio Paraguai é o principal. Há outros 175 que desembocam nele.

 

Localização:
A fazenda fica no município de Miranda. São 160 km de distância de Bonito (cerca de duas horas). Está na BR 262, km 583.

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*Texto e Fotos: Karina Motta 

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