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sábado, 8 de julho de 2017

São Cristóvão, a primeira capital do Sergipe

Uma cidade histórica charmosa, linda e que foi a primeira capital de Sergipe. Assim é São Cristóvão. É considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Fica a 30 minutos da Capital do estado. Meu marido quis logo incluí-la em nossa viagem e realmente é imperdível! Ela é a quarta cidade mais antiga do Brasil foi palco de várias batalhas. 

Porém, visitá-la não é tão fácil. Como, infelizmente, os turistas não queriam abrir mão da praia para conhecer uma cidade histórica, nenhum receptivo estava conseguindo fechar um pacote para nos levar. Insisti com a Top Tur que nos estava atendendo e a guia na hora negociou com um taxista para nos levar mesmo assim depois que disse que se eles não quisessem eu arrumaria um jeito de ir. 

Quando tudo estava fechado, o receptivo me ligou dizendo que outro passeio que havíamos fechado, por estar em manutenção,  tinha sido cancelado e que, para compensar o transtorno e porque soube que administro o BLOG VIAGENS PELO BRASIL, daria para mim, de brinde ,o traslado para a praiado Saco, que foi considerada uma das 100 praias mais bonitas do mundo e ainda disporia um carro e um guia especializado em cidades históricas apenas para me levar em São Cristóvão por um preço 1/3 menor do que pagaríamos para o taxista. Pensa como fiquei feliz!






Vou valer-me de um histórico da cidade encontrado na internet para resumir como ela surgiu: “foi fundada por Cristóvão de Barros, que chegou na região em 1589 com o objetivo de conquistar o território sergipano. Lutou contra piratas franceses, construiu um forte e fundou um povoado. 

Em 1607, os holandeses invadiram Sergipe e o principal alvo foi São Cristóvão. Até as tropas de Maurício de Nassau entraram na cidade para destruí-la. Muitas lutas entre portugueses e holandeses, até que os invasores foram definitivamente expulsos do território sergipano em 1647, ocasião em que a Capitania se reintegrou ao domínio de Portugal.
 

Em 1855, São Cristóvão deixa de ser a capital de Sergipe, que foi transferida para Aracaju, cidade criada especificamente para esse fim. A partir de 1910, São Cristóvão reergue-se. Em dezembro de 1911, instala-se na cidade uma grande fábrica de tecidos. Em 1913, chega a Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, ligando São Cristóvão a Aracaju e Salvador. Daí em diante, desenvolve-se o surto industrial no município. Novas fábricas se instalam no interior e na sede, e a povoação cresce”.

­­Patrimônio Histórico Nacional - Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional desde 1939, São Cristóvão segue o modelo de desenvolvimento português: cidade alta com sede do poder civil e religioso; e cidade baixa com o porto, fábricas e população de baixa renda. Assim como acontece em Salvador .
Para nós que gostamos de conhecer a parte histórica do lugar que visitamos, fomos logo para a praça São Francisco, onde está concentrada a maior parte dos monumentos. 




Ela foi construída na época em que Portugal e Espanha eram governados pela mesma família real. Há influência espanhola nos prédios,  sem falar da arquitetura barroca presente na Santa Casa da Misericórdia, a Igreja e o Convento São Francisco, que tem mais de 500 peças dos séculos 17 a 20.


Há ainda o museu Histórico, instalado no antigo Palácio Provincial, e o dos ex-votos, na igreja e convento do Carmo. Destacam-se os sobrados  onde funcionava a antiga cadeia pública, o da rua das Flores; o da Castro Alves e de Balcão Corrido. Este, com influência mourisca, como encontramos na casa de Chica da Silva em Diamantina .

Rosário
E como não é novidade, claro que precisava conhecer a igreja Nossa Senhora do Rosário! Além da matriz, que é a Nossa Senhora da Vitória, igreja de Nossa Senhora do Amparo ainda o Mosteiro de São Bento e o Convento da Ordem Terceira do Carmo, onde irmã Dulce, beatificada em 2011, passou alguns meses no ano de 1933. No pequeno quarto onde a freira ficou hospedada é possível encontrar réplica de objetos pessoais e documentos.
N. S. da Vitória







 



Na igreja de Santa Isabel e Congregação Irmãs Missionárias Lar Imaculada Conceição, é possível saborear os tradicionais biscoitos produzidos pelas freiras: os bricelets, também considerados patrimônio local. Outra tradição culinária na cidade é a queijadinha, que era produzida pelos escravos e passou a receita de família em família.
Santa Isabel





E no museu de Sergipe, a história do estado por meio de objetos e móveis. 









O artesanato é representado pelas bonecas de pano. As bonequeiras da cidade  trabalham para não deixar a tradição desaparecer. O carnaval de rua foi revitalizado com frevo e grandes bonecos, que estão em exposição na Casa do Folclore.






Na Praça Senhor dos Passos, fica a igreja de mesmo nome, também conhecida como Carmo Pequeno. No interior, é rica em detalhes. Há, ainda, uma sala dos milagres. 

























Localização:
Distância da capital, Aracaju: 23 km


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*Texto e Fotos: Karina Motta 

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2 comentários:

  1. Lugares Históricos sempre fazem história na vida da gente. E como fazem...

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