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domingo, 19 de novembro de 2017

Fim de semana dedicado a exposições de arte em BH

Já estava com saudade de visitar as exposições em cartaz na cidade em que moro, Belo Horizonte. E apareceu uma  que diz respeito à África e me chamou muito a atenção. Aproveitei para listar todas as que me interessavam no Circuito Cultural da Praça da Liberdade.

Obra da exposição Ex África
Parece que alguns temas atraem o BLOG VIAGENS PELO BRASIL espontaneamente em algum período. Ano passado, por exemplo, foi a participação em festivais de gastronomia em Igarapé, Tiradentes e Gramado. Este ano, nossos passeios estão permeando a história dos negros como aconteceu em nosso passeio a Belo Vale e agora a temática de três das quatro exposições que visitamos.


Já havia ficado bem instigada em conhecer a exposição Ex África, em cartaz no Centro de Cultura Banco do Brasil em BH e uma colega foi e tirou fotos que alimentaram ainda mais a minha vontade de ir até lá conferir. O próprio programa já a apresenta como a maior e mais importante exposição de arte africana contemporânea realizada no Brasil. “Num momento em que a herança africana volta a estar em evidência, “Ex Africa” apresenta dezoito artistas da geração jovem e intermediária, vindos de oito países africanos que despertam grande atenção internacional, pouco conhecidos no Brasil. A eles se juntam dois artistas afro-brasileiros, Arjan Martins e Dalton Paula, que montaram uma exposição no Brazilian Quarter de Lagos (Nigéria), bairro construído por negros escravizados retornados à África”, detalha a programação.
A influência socioculutural africana é latente nas obras e descortina a diversidade e riqueza da arte por meio de fotos, vídeos, pinturas, palestras, perfor-mances, música, palestras... Amo fotografia e as fotos de Omar Victor Diop, do Senegal, impressionam e passam a mensagem que ele acredita, como li em matéria sobre ele. “Omar considera que a fotografia é uma ferramenta que possibilita capturar a essência e o modo de vida das sociedades modernas africanas”. Desta vez, ele mesmo aparece em algumas fotos.    




 

O CCBB – O prédio é lindo por natureza. Detalhes da arquitetura e decoração impressionam. O projeto é do arquiteto Luiz Signorelli, fundador da Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais. Durante a Revolução de 1930, abrigou o Comando Geral das Forças Revolucionárias. Desde 2013, integra o Circuito Cultural da Praça da Liberdade.
Seguindo a questão étnico-racial, o BLOG VIAGENS PELO BRASIL foi até o museu das Minas e do Metal conferir a exposição Gritaram-me Negra. O foco é a fotografia por meio de uma releitura  do poema da coreógrafa, folclorista, poeta e estilista peruana Victoria Santa Cruz, realizada pelos alunos das Escola Municipal Senador Levindo Coelho, sob coordenação do monitor de fotografia da Escola Integrada, Rafael Freire.  
  A escola desenvolve este projeto desde 2015 com oficinas e rodas de conversa. O  objetivo é elevar a autoestima dos estu-dantes e propiciar a construção, a valorização e o fortaleci-mento da identidade racial e cultural.

Foi montado um grande telão para apresentação do trabalho desenvolvido e quatro cadeiras pretas confortáveis para o visitante se sentar e assistir ao vídeo, que apresenta fotos dos estudantes conjugadas ao poema. No final, há o making of da produção.



O Museu das Minas e do MetalEste é o museu que mais carrega uma carga afetiva para mim, Karina Motta, administradora do BLOG VIAGENS PELO BRASIL. É que lá já funcionou a secretaria de Estado de Educação onde comecei minha carreira na área de comunicação empresarial e sempre ia lá para eventos, reuniões. Fiquei emocionada ao entrar e lembrar da correria que vivia toda vez que visitava o prédio a trabalho. Percebi também que, na parede do primeiro lance da escada, eles retiraram a imagem de Nossa Senhora SantAna, padroeira dos professores. A história da metalurgia e mineração é o foco do museu, que é mantido pela Gerdau desde 2013. De 2008, ano de sua inauguração, até 2013, ele foi mantido pela EBX. A tecnologia aliada à ludicidade é o ponto alto do local.

Outra exposição que nos atraiu como ímã foi a Traços do Caminho, na cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG. Aqui, o mineiro Alessandro Ramos usa a arte, por meio de desenhos e pinturas para superar os sofrimentos mentais e o medo de enlouquecer. Para vencer a depressão, ansiedade e angústia, o artista tem sua arte como remédio e leva o público a ter um olhar crítico sobre a loucura. A sua obra impressiona. Ele faz caricaturas como as de Oscarito, Drumond e o que mais gostei: os desenhos religiosos.

O Espaço do Conheci-mento – Começa a fazer parte do Circuito Liberdade a partir de 2010. Hoje ele é administrado pelo governo do Estado de Minas Gerais e a Univer-sidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Conjuga cultura, ciência e arte indo além de difundir o conhecimento científico. Tem um planetário com sessões para observação do céu com direito a terraço Astronômico com teto retrátil que permite a utilização de telescópios . A fachada possui uma grande tela de projeção para levar ao exterior do prédio os conteúdos científicos e culturais expostos em seu interior.

A Nossa Senhora negra é o foco da outra exposição escolhida para ser visitada. Em Aparecida – 300 anos, o espaço aproveitou o aniversário de 300 anos que se encontrou a imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul para reunir 200 obras de artistas plásticos vindos de diversas regiões do país. Diversas técnicas compõem as obras. São pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, cerâmica, bordado...



Matéria-prima é a embalagem aerosol
Duas peças foi produzida especialmente para a exposição. Uma delas é a Mãe Rainha Sustentável, escultura de Cristiano Raimundo, de Uberlândia. A peça é feita em filigrana obtida a partir embalagem de aerossol. O artista ficou conhecido nacionalmente quando recebeu encomenda da globo para produzir a imagem de uma santa com embalagens de latas e desodorantes. A outra obra especialmente produzida para a exposição é de Willi de Carvalho, de Montes claros.

Há ainda outros objetos expostos que remetem à devoção. São eles: santos de gesso, oratórios, escapulários, terços, chaveiros, bottons, pratos, castiçais, caixinhas, vidros de água benta...







 

Foi a primeira vez que entrei na sede do Centro de Arte Popular – Cemig, por isso, visitei todas as salas, que me encantaram com tantos artistas talentosos mineiros de toda parte do estado.







O Centro de Arte Popular – Inaugurado em 2012, ele é destinado a divulgar a riqueza e diversidade da cultura popular mineira. O seu acervo conta com 800 peças.


Localização:
Todos os museus visitados ficam na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais


Visitei e recomendo:
Circuito Liberdade




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*Texto e Fotos: Karina Motta

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