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domingo, 10 de março de 2019

Bloco temporão homenageia Clara Nunes em BH

Além da homenagem da Portela esse ano, o estado em que a cantora Clara Nunes nasceu, Minas Gerais, também fará uma homenagem com o bloco Filhas de Clara. Ele saiu no pré-carnaval em BH e volta neste domingo (10/3). A concentração é na avenida com o mesmo nome da artista, que fica no bairro Renascença, em Belo Horizonte, onde a cantora morou quando veio para a capital, em 1957 e trabalhou em uma fábrica de tecidos na região.


  
Eu que quis sentir um gostinho a mais do maravilhoso carnaval de BH, não perdi a oportunidade de sair atrás de bloco novamente.
  


O início do cortejo foi com chuva, mas, assim que ele chegou ao nosso abrigo, parou de chover. É alegria! É claridade!

Lotado só de família, folia, felicidade. Nenhuma confusão e, no cortejo, um folião cuidando do outro avisando sobre os obstáculos que apareciam no caminho: pedra, carrinho de ambulante, buraco. Nosso carnaval é isso!
Filhas de Clara traz apenas mulheres artistas. À frente, está Aline Calixto. Marina Machado e tia Elza, da velha guarda, também entram com a voz enquanto a banda e bateria também são formadas por mulheres lindas.Percussões: Analu Braga, Nanda Bento, Alcione e Cris; Violão: Alessandra Sales; Cavaco: Maria Elisa Pompeu; Flauta: Marcela Nunes.É muita musicista e cantora mineira de talento juntas!


A cantora Aline Calixto é carioca, mas mudou para Minas ainda criança. Ela se destaca no cenário sambista mineiro. Lançou seu bloco próprio em 2014 e, já em 2016, cerca de 80 mil foliões seguiram seu cortejo.

Marina Machado canta desde a adolescência e se destaca na música independente mineira.

Considerada a mãe do Samba em Divinópolis, a compositora e intérprete tia Elza mora no Rio de Janeiro desde 2015.


Ainda encontramos a atriz e cantora belo-horizontina, Regina Souza.




Aline Calixto lembrou de Jadir Ambrósio, o primeiro incentivador de Clara Nunes. Ele a viu cantar e já a apresentou para os radialistas mineiros e já gravou um samba em homenagem aos 25 anos da rádio inconfidência. Ele foi instrumentista, maestro, cantor e compositor, com mais de 100 músicas de sua autoria, tendo uma delas gravadas por Luiz Gonzaga. A esposa dele estava entre os foliões e foi muito aplaudida.


Foram apresentadas 40 músicas de Clara Nunes, que é referência no samba brasileiro. Também foram tocados ritmos gravados por ela como o forró, afoxés e ijexás. Portelense de coração, dois sambas-enredo da agremiação foram tocados. Ela nasceu na cidade mineira de Caetanópolis e faleceu em 1983.
Como em todos os blocos que o BLOG VIAGENS PELO BRASIL participou, houve um alerta para a tragédia ocorrida em Brumadinho causada pela Vale. E entoou os versos da música lama em alto e bom som:



"Todo mundo quer subirA concepção da vida admite
Ainda mais quando a subida
Tem o céu como limite
Por isso não adianta estar no mais alto degrau da fama
Com a moral toda enterrada na lama"


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*Texto e fotos: Karina Motta

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