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domingo, 31 de março de 2019

Pernambuco, terra de povo talentoso!

Vai gostar de arte assim! A mineira Karina Motta, gestora do BLOG VIAGENS PELO BRASIL, que o diga (aliás, já me comprometo a escrever um post sobre a cultura no estado diamante. Vai dar pano para manga!). O Rio de Janeiro, idem e São Paulo? Isso sem falar nas especificidades de cada estado brasileiro. E Pernambuco não fica atrás! Música, letras/escritores, artesanato, escultura, arquitetura, artes plásticas, pensadores... Além de muita história e cultura, o povo pernambucano se destaca nas artes. Por mais que nos esquivemos ou não damos o devido valor, a cultura é muito latente em nosso país. É tanta cultura reunida em um só estado e quantos famosos representam cada uma dessas artes... Vamos apenas citar alguns.

Além dos mineiros que amo (me deixando ser um pouco bairrista), percebi que a maioria das pessoas que admiro dentre cantores, compositores, escritores e artistas são pernambucanas.

Recorremos ao site Da raia à raiz para nossa pesquisa inicial. Lá tem uma lista muito completa de pernambucanos famosos que se dedicam às artes.

Em cada área, eles citaram expoentes pernambucanos. Confira:

Na literatura: João Cabral de Melo Neto, que tem um dos meus livros prediletos: Morte e Vida Severina; Nelson Rodrigues, jornalista, cronista, dramaturgo  (com o clássico Vestido de Noiva e as famosas peças Engraçadinha, Os Sete Gatinhos, Beijo no Asfalto e Boca de Ouro); outro dramaturgo importante é Ariano Suassuna, que tem O Auto da Compadecida como sua obra mais marcante. O poeta  Manuel Bandeira. Minha autora predileta da adolescência, que é Clarice Lispector. Ela  nasceu na Ucrânia, mas quando veio para o Brasil, viveu grande parte de sua vida em Pernambuco.  Gilberto Freyre: sociólogo, historiador, ensaísta, escritor, poeta e político. Autor de Casa Grande & Senzala. E o cordel!


Na música, só nome de peso: o grande Luiz GonzagaDominguinhosBezerra da Silva, um dos meus cantores/compositores prediletos: Lenine, Alceu ValençaChico Science, Geraldo Azevedo, Michael SullivanOttoNando Cordel. O rei do brega, Reginaldo Rossi, também é de Pernambuco. Além de instrumentistas reconhecidos internacionalmente como Naná Vasconcelos Robertinho do Recife.
No teatro, cinema e televisão: Chacrinha, Marco Nanini, Arlete Salles, Guilherme Berenguer, Guel Arraes, Aguinaldo Silva, Tuca Andrada, Fabiana Karla, Lucy Ramos... 

Nas artes plásticas e esculturas: O prestiadíssimo Romero Britto, os ceramistas Francisco Brennand e Mestre Vitalino


História: O Frei Caneca - frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, que era sacerdote, jornalista e político, um dos revolucionários de 1817 e mártir da Confederação do Equador, morreu fuzilado em frente ao Forte de Cinco Pontas.

No esporte, o estado também tem destaques: Vavá, Rivaldo e Juninho Pernambucano

Eu já havia escrito este post quando houve um contratempo com o Alexandre Frota nas redes sociais e ele ofendeu os pernambucanos e, em resposta, Carpinejar fez um poema lindo enaltecendo a gente pernambucana. Quero deixá-lo registrado aqui também: 

SÓ PODIA SER MESMO DE PERNAMBUCO
Fabrício Carpinejar

Só podia ser de Pernambuco a poesia geométrica de João Cabral, o teatro da vida real, a morte e vida severina.

Só podia ser de Pernambuco o frevo, o maracatu, o Galo da Madrugada, a alegria ecumênica.

Só podia ser de Pernambuco os bonecos de Olinda, o olhar oceânico do alto das igrejas e dos muros brancos.

Só podia ser de Pernambuco a literatura de cordel, o raciocínio rápido do repente, a magia dos violeiros.

Só podia ser de Pernambuco Manuel Bandeira e a Estrela da Manhã. Só podia ser de Pernambuco Nelson Rodrigues e o seu carinho pelos vira-latas mancos.

Só podia ser de Pernambuco a infância misteriosa de Clarice Lispector, a descoberta da leitura.

Só podia ser de Pernambuco Chico Science e o movimento manguebeat.

Só podia ser de Pernambuco a cerâmica de Francisco Brennand e seus 1001 dias iluminados de esculturas e azulejos.

Só podia ser de Pernambuco o modernismo de Cícero Dias, que já dizia em sua pintura: “Eu vi o mundo... ele começava no Recife”.

Só podia ser de Pernambuco a pedagogia de Paulo Freire (do oprimido, da libertação, do compromisso, da autonomia e da solidariedade).

Só podia ser de Pernambuco o cinema inovador de Kleber Mendonça Filho (“O Som ao Redor” e "Aquarius") e de Cláudio Assis (“Amarelo Manga” e “Febre do Rato”).

Só podia ser de Pernambuco a irreverência contagiante de Chacrinha.

Só podia ser de Pernambuco a sociologia de Gilberto Freyre, profeta do multiculturalismo.

Só podia ser de Pernambuco Vavá, o peito de aço, bicampeão mundial de futebol.

Só podia ser de Pernambuco Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Só podia ser de Pernambuco o abolicionista Joaquim Nabuco.

Tem razão. Só podia ser mesmo de Pernambuco


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*Texto e fotos: Karina Motta

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